Sob o sol ardente do sertão baiano, na comunidade quilombola de Lage dos Negros, ecoa um canto ancestral. É o canto do Amassa Barro, uma tradição secular que celebra a força da comunidade, a conexão com a terra e a sabedoria dos antepassados.
Ao som dos tambores e atabaques, homens e mulheres se unem em um ritual de trabalho e fé. As mãos calejadas, moldando o barro úmido com destreza e devoção, dão forma às paredes que abrigarão sonhos e memórias. É um ballet rústico, onde cada passo, cada movimento, carrega a história de um povo que resistiu e se reergueu.
O Amassa Barro não se resume apenas à construção física. É um processo de união, de fortalecimento dos laços que unem a comunidade. É um espaço de aprendizado, onde os mais novos observam e absorvem a sabedoria dos mais velhos, perpetuando a tradição e a cultura quilombola.
Mais do que uma simples técnica de construção, o Amassa Barro é um símbolo da resistência e da cultura afro-brasileira. É a prova viva da força de um povo que se recusa a ser esquecido, que luta para manter vivas suas raízes e sua identidade.
Nas paredes de taipa, erguidas com suor e união, reside a memória de um passado de luta e a esperança de um futuro promissor. O Amassa Barro é um canto de resistência, um hino à vida e à cultura que pulsa no coração de Lage dos Negros.
Elementos de uma cultura secular
Importância da preservação da cultura do Amassa Barro
Conclusão
O Amassa Barro é um patrimônio cultural de inigualável valor, que representa a força, a resistência e a criatividade do povo quilombola de Lage dos Negros. É um canto que ecoa através dos tempos, celebrando a vida, a cultura e a ancestralidade. Preservar essa tradição é fundamental para manter viva a memória e a identidade desse povo, que tanto contribuiu para a construção da história brasileira.
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