Carlos de Assumpção



Carlos de Assumpção nasceu em Tietê, em 23 de maio de 1927, e é professor, advogado, poeta e escritor brasileiro. É considerado um dos mestres da literatura afro-brasileira. na região central do estado de São Paulo, e nessa cidade concluiu seu curso regular. Começou a morar em Franca, também no centro regional, onde se formou em Letras, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Franca, hoje Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (UNESP-Franca). Ele então estudou direito na Faculdade de Direito Francesa.

Em 1958, o poeta recebeu o título de Personalidade Negra, 70 anos após sua extinção, concedido pela Associação Cultural do Negro, de São Paulo. Em 1982, recebeu novo título, desta vez como Personalidade do Ano, em Franca. Também foi homenageado com a Medalha de Prata da VII Semana Cornélio Pires, Tietê, em 1996.

É autor do poema “Protesto”, primeiro prêmio no concurso de poesia falada de 1982. Esse poema marcou época e simbolizou a ascensão e as necessidades dos intelectuais negros no Estado de São Paulo. Tornou-se referência obrigatória para as novas gerações e foi incluída em diversos textos literários em inglês, francês e alemão.

Participou de outras publicações dos Cadernos Negros. Em sua introdução, no número 7 dessas músicas, ele diz acreditar “um dia seremos irmãos de verdade”. Porém, a realização desse desejo, desse sonho de muitas pessoas dependerá da luta de todos...” (1984, p. 18).

Carlos de Assumpção também lançou um CD intitulado Quilombo de Palavras em 1998 em colaboração com o poeta Cuti, outro importante intelectual afro-brasileiro.

As memórias e depoimentos do poeta foram mostradas no documentário “Carlos de Assumpção: Protesto”, lançado em 2019, escrito e dirigido por Alberto Pucheu.

É considerado um dos mestres da literatura afro-brasileira. É membro da Academia Francana de Letras, coordenador do Grupo "Canto e Verso", responsável pela organização da poesia nas escolas. Além disso, dirige o evento “Race Week” e o coral “Afro-Francano”.

Algumas de suas obras:

 

·         Protesto-poemas. São Paulo: Edição do Autor, 1982. (Poemas).

·         Quilombo. Franca: Edição do Autor/UNESP, 2000.

·         Cadernos negros 7. São Paulo: Quilombohoje, 1984. (Poesia).

·         Cadernos negros 9. São Paulo: Quilombohoje, 1987. (Poesia).

·         Cadernos negros 15. São Paulo: Quilombohoje, 1992. (Poesia).

·         O negro escrito. Organização de Oswaldo de Camargo. São Paulo: Secretaria do Estado da Cultura, 1987.

·         Quilombo de palavras: a literatura dos afro-descendentes. Organização de Jônatas da Conceição e Lindinalva Amaro Barbosa. Salvador: CEAO / UFBA, 2000.

·     Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Organização de Eduardo de Assis Duarte. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. V. 1, Precursores.

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