O Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo é comemorado no Brasil no dia 13 de maio. Tradicionalmente, essa data era celebrada como o dia da abolição da escravatura, relembrando o 13 de maio de 1888, quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea. No entanto, o fim do sistema escravista não resultou na plena emancipação e integração dos negros à sociedade. Eles permaneceram discriminados, marginalizados e humilhados, muitas vezes em difíceis condições econômicas e esquecidos pelas políticas públicas1.
Os movimentos negros ressignificaram essa data como um dia de luta e reivindicação, denunciando o racismo estrutural profundamente enraizado na sociedade, a desigualdade, a violência e a exclusão enfrentadas pela população negra. A visão romantizada da abolição foi rejeitada, e os negros afirmam que o fim do regime escravocrata foi resultado de sua própria luta e resistência, que já durava vários anos1.
Em 20 de novembro de 1971, o Grupo Palmares de Porto Alegre realizou um ato celebrando a resistência negra como contraponto à comemoração romantizada da abolição. Esse movimento ganhou força, especialmente após o Movimento Negro Unificado, fundado em 1978, adotar a luta por uma revisão da história oficial e denominar a data como Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo1.
É importante lembrar que, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para combater o racismo e promover a igualdade no Brasil. A data serve como um lembrete para continuarmos trabalhando juntos em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva1.
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