Quem é Lima Barreto ?


 


Lima Barreto (1881-1922) foi um importante escritor brasileiro da fase Pré-Modernista da literatura. Sua obra está impregnada de fatos históricos e de uma perspectiva da sociedade carioca. Ele analisa os ambientes e os costumes do Rio de Janeiro, fazendo uma crítica à mentalidade burguesa da época1. Vamos conhecer um pouco mais sobre sua vida e obra:

  • Infância e Adolescência: Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em Laranjeiras, Rio de Janeiro, no dia 13 de maio de 1881. Filho do tipógrafo Joaquim Henriques de Lima Barreto e da professora primária Amália Augusta, ambos mestiços e pobres, ele sofreu preconceito a vida toda. Com sete anos de idade, ficou órfão de mãe. Por ser afilhado do Visconde de Ouro Preto, fez o curso secundário no Colégio Pedro II. Ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde iniciou o curso de Engenharia. No entanto, em 1903, quando cursava o terceiro ano de Engenharia, foi obrigado a abandonar o curso, pois seu pai havia enlouquecido e o sustento dos três irmãos agora era responsabilidade dele. Em 1904, prestou concurso para escriturário do Ministério da Guerra, foi aprovado e permaneceu na função até se aposentar.

  • Estreia Literária: Em 1909, Lima Barreto estreou na literatura com a publicação do romance “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”. O texto acompanha a trajetória de um jovem mulato que, vindo do interior, sofre sérios preconceitos raciais. A obra, em tom autobiográfico, é um brado de revolta contra o preconceito racial e uma implacável sátira ao jornalismo carioca. A crítica social paira em um plano psicológico: muitas vezes quem fala é o próprio autor e não seu personagem-narrador “Isaías Caminha”.

  • “Triste Fim de Policarpo Quaresma”: Em 1915, depois de ter publicado em folhetos, Lima Barreto publica o livro “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, sua obra-prima. Nesse romance, o autor descreve a vida política no Brasil após a Proclamação da República. A obra narra os ideais e as frustrações do funcionário público, Policarpo Quaresma, homem metódico e nacionalista fanático. Sonhador e ingênuo, Policarpo dedica a vida a estudar as riquezas do país. Além da descrição política do final do século XIX, a obra traça um rico painel social e humano dos subúrbios cariocas na virada do século.

Lima Barreto, por sua coragem em abordar questões sociais e raciais, é considerado um dos grandes autores brasileiros e um crítico perspicaz de sua época. 

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